PSP lança campanha de sensibilização contra “Baleia Azul”

Baleia AzulAs autoridades aconselham pais e colegas de eventuais jogadores a estarem atentos a alguns sinais visíveis, como golpes nos braços e nas mãos, assim como um corte com a palavra “sim” na coxa direita”, a saída de casa por volta das 4h20 ou a publicação nas redes sociais da hashtag “#i_am_whale”

O comando metropolitano da Polícia de Segurança Pública de Lisboa (PSP) lança a partir desta segunda-feira uma campanha sobre o jogo “Baleia Azul”, com a divulgação de cartazes nas redes sociais e em escolas da capital destinados a aumentar a consciencialização das crianças e jovens para os perigos do jogo e de formas de prevenção, alertando ainda para sinais bastante visíveis que podem ser detetados pelos pais e colegas de eventuais jogadores.

Cortes no lábio e em diversas partes do corpo fazem parte das 50 tarefas que os jogadores têm que completar. No limite, os jogadores são levados ao suicídio.

A PSP refere que a adesão “faz-se inicialmente através de conversações nas redes sociais, onde o jogo é apresentado e proposto por amigos. Posteriormente, o administrador/curador valida a ‘aceitação’ da vítima convidada e integra-a numa aplicação de conversação, através da qual passam a interagir. Depois disto, o ‘curador’ finge interessar-se pela vítima, envolvendo-a numa mentira fisicamente autodestrutiva e psicologicamente desestruturante. Se a vítima tentar desistir do desafio, o curador amedronta-a, fazendo-a acreditar que está a ser vigiada ou que pode ser humilhada”.

Uma jovem de Matosinhos, internada na semana passada com ferimentos nos braços e no peito, é o caso mais recente investigado pela Polícia Judiciária, que já abriu outros três inquéritos em Setúbal, Portalegre e Faro.

“Pela sua natureza, alguns dos desafios propostos no jogo podem ter resultados visíveis e detetáveis: os golpes feitos por navalhas ou lâminas nos braços e nas mãos, assim como um corte com a palavra ‘sim’ na coxa direita são alguns destes exemplos. Também a saída de casa por volta das 4h20 da madrugada ou a publicação nas redes sociais da hashtag ‘#i_am_whale’ podem indiciar que a pessoa se encontra dentro do jogo”, refere a PSP.

A polícia incita os estudantes que tenham suspeitas de colegas de escola envolvidos no jogo a alertarem os diretores de turma, professores e/ou psicólogos escolares e relembra que em caso de dúvidas ou de emergência se recorra ao número 112 ou ao 217 654 242.

Artigo Publicado originalmente no Expresso On-Line a 8 Maio 2017 pelo Jornalista ALEXANDRE COSTA